sábado, 12 de novembro de 2011

Pré-sal e a mensagem da Líbia

“Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”.
Provérbio romano
Se quiser de fato ter soberania nacional sobre o petróleo pré-sal, o Brasil deve investir, até 2030, nada menos que 223,5 bilhões de reais para dotar o país de poder naval do porte das riquezas a defender. Essa, a tônica em audiência pública realizada no Senado, com a presença de autoridades militares: Como defender o pré-sal? Despertou vivo interesse corpo diplomático, mas, não teve cobertura midiática à altura da envergadura dos temas ali tratados., decisivos para os destinos da Nação. Vale constatar: defesa nacional não é debate prioritário na sociedade brasileira. Tampouco é tema com presença regular na agenda das forças progressistas, muito embora o Governo Lula tenha dado uma boa mexida na Política Nacional de Defesa.
As autoridades militares deram o tamanho do problema: o Brasil precisa ter 20 novos submarinos convencionais e pelo menos seis nucleares. Precisa ainda de uma segunda esquadra. Enfatizou-se: isto não é megalomania, mas indispensável poder de dissuasão em tempos de paz. Leia-se, tempos em que o mundo dispõe de reservas petrolíferas para apenas mais 45 anos e os EUA para apenas mais 10 anos. Tempos em que os EUA estão tomando na marra as riquezas energéticas de quem as possui, invadindo o Iraque, o Afeganistão e agora, com carnificina selvagem, a Líbia.
Foi dito também que a Aeronáutica aguarda ansiosa a decisão sobre a compra dos jatos supersônicos. Mas, Ozires Silva, fundador da Embraer, disse que estes contratos devem se dados não a estrangeiros, mas àquela indústria nacional, assegurando que ela teria plenas de fabricar aqui mesmo os caças indispensáveis. Por enquanto, pode-se dizer, diante do porte do país e das riquezas a defender o Brasil anda desarmado. A audiência foi encerrada com citação de provérbio romano: “Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”. Tudo indica, na caserna entendeu-se com mais realismo a Mensagem da Líbia enviada pelo império, consumidor viciado em petróleo. Não devem as forças progressistas agendar concretamente o debate da sinistra Mensagem da Líbia.?
Beto Almeida, Jornalista
No SOA Brasil
via com textolivre

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