terça-feira, 9 de agosto de 2011

Organizações Globo publicam seus princípios éticos mas não os praticam

Fernando Marés de Souza, Blog: Roteiro de Cinema News

"As Organizações Globo publicaram com alarde em todos os seus veículos um documento onde delineiam os "os princípios e os valores que regem o jornalismo feito por suas empresas de comunicação".

O documento foi recebido com ironia, ceticismo e críticas nas redes sociais, alcançando rapidamente os "trending topics" do Twitter.

Blogueiros especulam que a divulgação do documento veio em resposta às acusações do jornalista Rodrigo Vianna - ex-funcionário da Globo - de que a direção da emissora emitiu ordem expressa para que seus jornalistas atacassem o novo Ministro da Defesa Celso Amorim. 

O ceticismo e as críticas são baseadas no histórico do conglomerado de mídia, e a ira e ironia dos internautas é pautada principalmente pela eterna proteção ao presidente da CBF Ricardo Teixeira - através do conhecido espiral do silêncio - que acusado de corrupção pela BBC inglesa, desdenhou dos veículos que repercutiram a notícia afirmando que só ficaria preocupado "quando sair no Jornal Nacional". Obviamente o Jornal Nacional nunca mencionou as acusações. O silêncio da organização sobre as denúncias contra Teixeira pode ser conferido com uma simples busca aos termos "CBF + corrupção + Ricardo Teixeira" no portal de informações do conglomerado.

As ligações de Teixeira com a Globo são estreitas e antigas e as críticas ao monopólio exercido pela Globo na transmissão do futebol brasileiro recorrentes, porém recentemente uma nova denúncia grave surgiu: as Organizações Globo receberam 30 milhões de recursos públicos dos cofres da Prefeitura e do Governo do Rio através de sua subsidiária Geo Eventos para organizar o sorteio das preliminares da Copa mês passado. A escolha da empresa foi feita pelo Comitê Organizador Local, presidido por - surpresa! - Ricardo Teixeira.

Com interesses econômicos diretos na Copa do Mundo do Brasil, o jornalismo da Globo também faz vista grossa para as crescentes denúncias de violação de direitos humanos e ilegalidades cometidas na remoção de famílias para construção de infra-estrutura do evento, relatadas inclusive pela ONU.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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