segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pessoas melhores para um mundo melhor

Vilmar Berna, Portal do Meio Ambiente / Envolverde

“Sonhamos com um mundo melhor, mais fraterno, pacífico, ecológico, democrático, para nós e nossos filhos. Mas, estamos sendo pessoas melhores e estamos educando filhos melhores para este mundo novo? Ou seguimos fazendo escolhas que nos mantém com os dois pés no mundo velho enquanto ano a ano renovamos nossos votos num mundo melhor que só existe, na verdade, em nossas utopias, mas que não nos dispomos a por em prática?

Tendemos a julgar os outros por nós, para o bem e para o mal. Se desejamos e escolhemos um mundo melhor, sustentável, imaginamos que os outros também estão tendo a mesma percepção e propósito. O problema de pensar assim é não tomarmos as precauções contra oportunistas, gananciosos, egoístas, por não imaginar, em nossas utopias, que tais pessoas possam existir, e pode ser tarde demais ao descobrir que a realidade pode ser bem mais cruel e perversa do que sonha nossa imaginação.

O 'Profeta' Gentileza repetia a frase 'gentileza gera gentileza' que alguns tomam ao pé da letra, como se fosse possível a mudança de fora para dentro. A frase do 'profeta' é um desejo e não uma revelação de como as coisas funcionam na prática.

Uma pessoa gentil, generosa tende a imaginar e mesmo a gostar da idéia de viver num mundo onde as pessoas são gentis e generosas também. O mundo se torna cor de rosa. A verdade é bem diferente. O mundo não é cor de rosa muito menos em branco e preto, mas está mais para o cinza, onde as cores estão todas meio misturadas

Seria bom demais se a gentileza, o amor, tivessem este poder de mudança de fora para dentro, se ao sermos generosos e amorosos conseguíssemos tornar também as outras pessoas generosas e amorosas. Infelizmente, não é assim que acontece no mundo real. Pessoas egoístas, mesquinhas, gananciosas só tenderão a se tornar ainda mais folgadas e se aproveitarão ainda mais da situação se não encontrarem resistência.

E sequer sofrem qualquer impeditivo moral pois usam da inteligência para justificarem seu ato de predação contra o outro. Podem justificar seu ato mau com a idéia de estar fazendo uma espécie de justiça ao tirar de quem tem e que deveria dar a quem não tem, mas por ser egoísta prefere guardar tudo para si. É uma inversão de valores. Outros pensam que quem rouba de ladrão tem mil anos de perdão. Então, basta imaginar que o outro não é tão certinho assim, e que no fundo no fundo, rouba também, só que não foi descoberto ainda, para tirar dele e perdoar-se. Pessoas oportunistas, quando acham alguma coisa, não devolvem, e mesmo quando tem a chance de descobrir o dono, como um celular, por exemplo. Justificam-se dizendo que quem perdeu foi relaxado.”
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