segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A pandemia de gripe suína foi ficção

Conselho da Europa vai investigar e debater a "Pandemia inventada"

por Dr. Wolfgang Wodarg, integrante alemão do Parlamento europeu, em seu blog

Com o objetivo de promover suas drogas patenteadas e as vacinas contra a gripe, companhias farmacêuticas influenciaram cientistas e agencias oficiais responsáveis pelos padrões públicos de saúde para alarmar governos em todo o mundo e fazer com que eles desperdiçassem recursos com estratégias ineficientes e expusessem desnecessariamente milhões de pessoas saudáveis ao risco de efeitos colaterais de vacinas insuficientemente testadas.

A campanha da "gripe aviária" (2005/06) combinada com a campanha da "gripe suína" parece ter causado um grande dano não somente aos pacientes vacinados mas aos orçamentos de saúde e à credibilidade de importantes agencias internacionais de saúde.

O Conselho da Europa e seus países-membros deve pedir investigações imediatas e cobrar consequências a nível nacional e internacional.

A definição de uma pandemia alarmante não deve ficar sob a influência de vendedores de drogas.

Quando em abril de 2009 algumas centenas de casos normais de gripe na Cidade do México foram anunciadas como sendo a ameaça de uma nova pandemia, havia poucas provas científicas para fazê-lo. Ainda assim um processo grande, imediato e mundial de definição de agenda começou e foi espalhado pela mídia alarmista e formalmente legitimado pela Organização Mundial de Saúde, a agência que é monitor epidemiológico e força-tarefa.

Além disso, programas de vacinação contra a gripe já estavam estabelecidos como rotina anual na maioria dos paises expostos. Eles regularmente levam em conta todas as variedades de vírus da gripe e juntam fragmentos de antígenos em uma vacina polivalente.

Mas depois dos casos do México, a OMS, em cooperação com alguns grandes laboratórios farmacêuticos e seus cientistas redefiniu o que é pandemia para tornar mais fácil adotar o alerta. Esse novo padrão forçou políticos na maioria dos países a reagir imediatamente e assinar compromissos de compra para vacinas adicionais contra a "gripe suína" e a gastar bilhões de dólares para se adequar ao cenário alarmante que a indústria, a mídia e a OMS estavam espalhando.

Desde o início, em abril de 2009, estava claro que um novo vírus combinado de gripe estava a caminho -- como muitas variações do vírus da gripe surgem todos os anos. Dos primeiros casos do México também estava evidente que esse novo subtipo estava causando menor dano aos humanos infectados do que os vírus de anos anteriores. Ainda assim a campanha da "gripe suína" estava ameaçando as pessoas cada vez mais, enchendo programas de TV, jornais, debates sobre saúde, ambulâncias e hospitais.

Nunca antes a busca por traços de um vírus foi feita de forma tão ampla e intensa. Além disso, muitos casos de morte coincidiram com exames de laboratório positivos para H1N1, o que foi usado para atribuir as mortes da "gripe suína" a esse vírus e para aumentar o pânico.

Adicionalmente, está provado que pelo menos um terço da população de mais de 60 anos já tinha testado positivo para o vírus por ter tido contato com ele na segunda metade do século 20. Em contraste com esse "processo de definir a agenda" há de ser dito que a "pandemia" de 2009 pode ter ajudado a saúde, se comparado com o sofrimento causado pelas ondas de gripe de anos anteriores.

A temporada de gripe da Austrália, que já acabou com o fim do inverno local, oferece provas de que a infeção pela "gripe suína" traz alguma proteção contra outros tipos mais perigosos de vírus. Ainda assim, observamos que a falsa pandemia de "gripe suína" ainda é usada para fazer o marketing de vacinas.

As vítimas dentre as milhões de pessoas desnecessariamente vacinadas precisam ser protegidas pelo países e esclarecimento científico independente e transparência deveriam ser providenciados pelos tribunais nacionais e, se necessário, europeus.


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