sábado, 23 de janeiro de 2010

O Chile é aqui.


Semelhante ao mito do “renascimento conservador”, outro delírio provocado pelas eleições chilenas é o de que a imensa popularidade de Lula também poderia ser insuficiente para alavancar Dilma Rousseff. Poderia, claro, mas quem disse que não? Ninguém precisa da vitória de Piñera para reafirmar essa possibilidade.

Há uma curiosa precaução na escolha de exemplos exteriores. Michelle Bachelet não serve como símbolo feminino de sucesso e competência, por exemplo. E a derrota de Eduardo Frei não revela uma insatisfação com políticos tradicionais identificados com o centrismo, tendência que talvez prejudicasse o PSDB de José Serra e FHC.

Muitas dessas bobagens continuarão a ser testadas pela mídia, até o início da campanha eleitoral. Cada qual escolherá o alucinógeno mais conveniente.

Postado por Guilherme Scalzilli

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