Em debates, esse argumento é feito exclusivamente por religiosos, tentando mudar o rumo do debate e tentar impor alguma resposta ao ateu.
Algumas vezes já me deparei com isso:
“Você não pode provar que deus não existe”
Vamos então por partes, é dever do religioso provar a existência do deus em que acredita? Porque?
Provavelmente, caros leitores, você já ouviram ou leram algo sobre o termo “ônus da prova”.
O ônus da prova funciona de que forma?
Quando alguém afirma ou alega algo novo, é responsabilidade dele provar essa afirmação, ou pelo menos fornecer evidências suficientes para que isso possa ser plausível, ou ser mais provável do que o oposto. Não são os outros presentes no debate que têm de invalidar a afirmação. Por outras palavras, o ônus da prova pertence a quem faz a afirmação — sobretudo se for uma afirmação simples ou extraordinária. É como acontece no sentido jurídico, se eu afirmo que alguém é culpado, eu tenho que provar a minha alegação. Todos são inocentes até que se prove a culpa.
Imagine se alguém te acusa de ser um extraterrestre disfarçado de humano. Iria sentir que tem obrigação de provar pra ele e ao mundo que é um humano normal? É claro que não. É a outra pessoa que deve provar o que afirmou ou alegou e tem de providenciar evidências para que a afirmação se torne válida
Também é assim no caso de afirmações como:
“Existe um deus, e ele é exatamente como eu acredito que ele é”.
Quem faz a afirmação é quem tem que provar tal alegação, se é capaz de explicar exatamente como deus é, e como acredita nele dessa maneira, deve ser capaz de provar a existência dele.
Algo que eu sempre usos em debates, é a forma de usar o mesmo argumento que me fazem como alegação contrária, do tipo:
“Pode provar que Zeus não existe? Pode provar que Thor não existe?”
Uma outra forma de responder tal alegação falaciosa de inversão de ônus “Não pode provar que deus não existe” é responder com a mesma pergunta. “Consegue provar que Zeus não existe? Afrodite? Odin? Thor? Alá? Kali? Nanabozho?”
O religioso terá que admitir que não consiga provar a inexistência desses deuses citados.
E mais, poderia dedicar o resto da tua vida tentando provar a inexistência deles, e iria falhar. Devo, então, assumir que acredita em todos os deuses que já foram cultuados por milhares de religiões pelo mundo? Ou pelo menos que os considera tão prováveis de existir como o deus em que acredita?
Não?
Porque não?
Acreditar em determinado deus porque não é possível provar que ele não existe, mas não aplicar a mesma lógica a todos os outros deuses, é um exemplo clássico de “ilógica dupla”… a atitude inteligentemente honesta seria aplicar a mesma lógica a qualquer tipo de deus… ou crença.
Desculpem o termo, mas isso é de uma ignorância extrema.
Fonte: Blog Ateísmo Pelo Mundo
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