segunda-feira, 9 de maio de 2011

Israel contra a reconciliação palestina

Num caso escandaloso de chantagem, Telavive sequestra fundos e tenta bloquear caminho para a paz. Mas, após décadas, árabes parecem prontos a reconquistar apoio internacional e ofensiva diplomática

Mel Frykberg, Envolverde / Outras Palavras

Israel atacou o acordo alcançado no Cairo pelos dois principais partidos palestinos após quatro anos de conflitos internos, e ameaçou impor mais sanções econômicas, além do congelamento de impostos arrecadados pelo Estado judeu em nome de seu vizinho. “Acordamos formar um governo composto por figuras independentes que comecem a preparar as eleições presidenciais e parlamentares”, disse na semana passada Azzam al-Ahmad, negociador-chefe do partido Fatah, de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

“As eleições serão organizadas dentro de alguns meses”, disse Azzam, acrescentando que a Liga Árabe supervisionará a execução do acordo. “Nossa divisão é uma oportunidade para os israelenses. Hoje viramos a página”, disse Musa Abu Marzuk, autoridade do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). O acordo assinado no dia 27 de abril tem cinco pontos e incluem forças de segurança combinadas e um governo com “figuras nacionalistas”, destacou Mahmoud al-Zahar, alto representante do Hamas que participou das conversações. Além disso, os dois partidos libertarão seus presos mutuamente.

As partes também acordaram sobre quem ocupará um assento no comitê central de eleições e quais estarão entre os 12 juízes que supervisionarão a votação. Além disso, um comitê de defesa conjunto controlará as forças de segurança palestinas. O governo interino estará integrado por tecnocratas sem filiação partidária e designados pelos dois partidos.

O governo de Israel utiliza esse acordo de unidade, que será ratificado esta semana no Cairo, para justificar medidas econômicas punitivas contra os palestinos. O ministro das Finanças israelense, Yuval Steinitz, negou-se a entregar US$ 88 milhões arrecadados com impostos aduaneiros e outros fundos palestinos, como deveria ter feito, segundo os Acordos de Oslo de 1993. O governo também disse que estuda impor sanções econômicas adicionais. Mais de 170 mil palestinos funcionários da ANP em Gaza e na Cisjordânia não receberão seus salários se o dinheiro não for liberado, o que criaria um caos.”

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