quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não há uma crise do euro, há uma crise da UE


O ex-cancilher da Alemanha Helmut Schmidt fez a sua contribuição na discussão do destino da zona do euro, assunto muito quente para a União Européia. Todas as conversas sobre uma crise do euro são prejudiciais, acha este especialista indubitável na área econômica: elas geram a desconfiança. Não há nada que temer, ainda caso a Grécia ou um outro Estado atolado em dívidas saírem da zona do euro, crê Schmidt. O tema é analizado pelo correspondente Serguei Guk e pelo diretor do Instituto da Economia, membro-correspondente da Academia das Ciências da Rússia Ruslan Grinberg..... 
Ainda que não observa-se pânica nos mercados financeiros, os seus participantes começaram a considerar roteiros possíveis. O que vai acontecer se algum Estado sair da zona do euro? A saída massiva dos capitais da Europa inteira para os titulos financeiros alemãos fiáveis é considerado o roteiro mais fatal para a divisa única. O final inevitável é a fim do euro, o retorno da Alemanha para o marco alemão, a sua revalvação que danificaria a capacidade de concorrência nos mercados exteriores, o crescimento do desemprego. Eis aqui o ponto de vista de Ruslan Grinberg.
Eu acho que Schmidt tem razão quando ele fala que não há uma crise do euro. Isto (o euro) é um grande logro da Europa, e nenhum vai recusar dele. O problema, em geral, é o desenvolvimento desigual dos Estados que têm as suas economias entrecruzadas. E claro está que isto exige um reforçamento do regulamento supranacional, que está abrindo caminho com uns esforços muito grandes. Toda a história da UE é (uma passagem) de crise a outra crise, porém, com um reforçamento simultâneo dos princípios de consolidação. Eu acho que haverá uma reconsideração séria do regulamento supranacional e nacional dos processos econômicos. Haverá alguma coisa parecida a um governo europeu unido. Não há nenhuma outra via do que ceder passo a passo os poderes nacionais a favor de Bruxelas. Porém, este processo é muito difícil. Os deputados dos parlamentos nacionais ainda são mais importantes do que os deputados do Parlamento Europeu, e isto é o problema principal.
By: Voz da Russia, via opensante

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