quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mundo louco: Os pais que “escolhem” filhos

Advogada diz que entrou com recurso para reaver trigêmeas

DE SÃO PAULO
na Folha.com
A advogada de um casal de Curitiba (PR) que teve trigêmeas, mas não queria uma das crianças, disse que os pais lutam na Justiça para reaver as três meninas. Os pais correm o risco de perder a guarda dos bebês.
“[As trigêmeas] estão abrigadas por ordem judicial. Os pais entraram com todos os recursos possíveis e imagináveis para tentar reaver as meninas”, afirmou Margareth Zanardini em entrevista na rádio Band News Curitiba. Ela não revelou detalhes do processo.....

As crianças são fruto de fertilização in vitro (técnica em que o óvulo já fecundado é colocado no útero da mãe) e nasceram prematuras em 24 de janeiro, na Maternidade Nossa Senhora de Fátima.
Na unidade, o casal tentou abandonar uma das crianças. –que estava com insuficiência pulmonar. Os pais perdem o risco de perder a guarda das meninas.
Funcionários da instituição disseram à Band News que médicos e psicólogos tentaram convencer o casal a ficar com as três crianças, mas não conseguiram.
Ainda segundo a rádio, a maternidade não aceitou que os pais levassem só duas das trigêmeas e acionou o Conselho Tutelar. O caso foi para o Ministério Público Estadual, e os bebês estão num abrigo.
Segundo a advogada do casal, Margareth Zanardini, as trigêmeas passaram um mês na UTI e não chegaram a ir para a casa dos pais.
O ginecologista Karam Abou Saab, que implantou os embriões na mãe, disse à Folha que nunca viu um caso como esse. “É inédito um casal recusar filhos que se propôs a ter”, afirmou.
Segundo ele, a fertilização in vitro tem 40% de chance de sucesso, e cerca de 2% podem resultar em três ou quatro bebês. Saab disse que informou o casal sobre o método de tratamento.
A Folha contatou o Ministério Público, que não quis comentar o caso. A Maternidade Nossa Senhora de Fátima também foi procurada, mas disse que não havia ninguém disponível para falar.
Para a presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB-PR, Marta Tonin, há casos em que os pais entregam os filhos para adoção e se arrependem.
“A Justiça vai ter que concluir se houve abandono ou se os pais se arrependeram e poderão cuidar das filhas.”
Para Tonin, o caso serve de alerta a casais que procuram tratamento de fertilidade: “Têm de estar atentos a todas as consequências possíveis”.
via, Vi o Mundo

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