domingo, 17 de abril de 2011

Aula de Mitologia Cristã

Séculos a frente do nosso tempo, um professor de história está diante de sua turma de adolescentes ensinando sobre algumas religiões do passado, e após uma passagem pelos temperamentais deuses gregos, era hora do seu assunto favorito:
- O cristianismo, principalmente a igreja católica, foi a religião mais poderosa do mundo durante séculos, principalmente no ocidente, de modo que ela acabou ganhando muito poder político, uma vez que a influencia que mantinha sobre seus seguidores era muito importante para os mais diversos tipos de governantes através dos séculos, desde reis a presidentes e até ditadores.
- Os antigos seguidores dessa mitologia tinham umas crenças engraçadas, por exemplo: Nas reuniões dos adeptos, que eram chamadas de missas, (aliás, no centro da cidade até ainda tem algumas igrejas que eles usavam para fazer essas reuniões...) Enfim, nessas missas havia um ritual em que eles simbolicamente comiam o corpo e bebiam o sangue do seu messias, o Jesus Cristo – O professor sorri ao ver os sorrisos incrédulos dos alunos – É isso ai, eles supostamente faziam isso pra reencenar o que Cristo teria feito na sua última ceia antes de ser crucificado......
- Já Jesus Cristo, que é o centro de toda essa mitologia, era um cara que supostamente era filho de Jeová, que era o criador do universo e tudo que há nele. Ele teria sido colocado no útero de uma mulher virgem chamada Maria através de uma espécie de inseminação artificial divina. Ele era um cara legal e, principalmente, era mágico. Ele andava sobre águas, multiplicava comida, transformava água em bebidas alcoólicas, curava diversas doenças, e conseguiu uma vez até ressuscitar um cara, o cheiro que deve ter sido é melhor nem imaginar.
Em meio às risadas dos alunos, um levantou a mão e perguntou:
- Professor, como as pessoas acreditavam em coisas assim?
- As razões para religiões terem sobrevivido por tanto tempo são muito complexas. Existem aspectos culturais, psicológicos, até mesmo políticos, como eu disse, era algo útil ter a população presa sobre uma crença cega. Mas eu acredito que um dos principais era o condicionamento de crianças. Vejam bem, voltando à igreja católica, o batismo, que era o ritual de iniciação deles, era feito em bebês e se os pais não os levassem tão logo quanto possível após o nascimento, isso era considerado uma falta grave.
- Ainda na infância havia uma espécie de curso, chamado catequese, em que as crianças, ainda descobrindo o mundo eram apresentadas aos conceitos básicos da religião, a toda a sua mitologia que colocava o universo como mero projeto de alguma entidade poderosa, aos costumes, como deveriam se portar, aos rituais, e principalmente o quanto aquilo tudo seria importante para que após a morte elas fossem levadas para um local melhor, já que eles acreditavam em uma espécie de “pós-vida” eterna e que se você não seguisse Jeová nessa vida, você seria mandado para um local em que sofreria tormento eterno. Agora imagine isso na mente das crianças da época.
-E todas as religiões seguiam essa lógica de doutrinar seus seguidores desde cedo, enraizando seus conceitos ao máximo na mente dos jovens, até os mais absurdos, de um modo que mesmo depois de adulto se tornava difícil a pessoa se livrar deles, principalmente quando a maioria nem mesmo chegava a ser apresentado a idéias diferentes que poderiam libertá-las. O Cristianismo em particular, era tão poderoso e tão aceito pela sociedade que, na época, quem não acreditava que era considerado anormal. Por mais absurdo que isso possa parecer para nós.
- Pára professor, sério isso? – Um jovem perguntou mal conseguindo esconder o sorriso.
-Sério, por muito tempo os descrentes eram quase inexistentes, ou inexpressivos, demorou séculos até que a razão tomasse conta do mundo, hoje vocês ainda podem encontrar exemplares do livro sagrados deles, a bíblia, e irão se surpreender com o tipo de coisas que se encontram lá, como eles acharem que a idade da terra era de alguns poucos milênios, que um único casal foi o início de toda população da Terra, entre várias coisas absurdas.
-Mas enfim meus jovens. Por hoje é só, estão dispensados, tenham um bom dia, até a próxima aula.
By: Bule Voador

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