domingo, 9 de janeiro de 2011

Um ateu no inferno....

Quando soube que eu não acredito em deus, uma cliente/amiga minha me disse o seguinte:
- Você não acredita em deus? Pois quando você morrer, vai ficar com os olhos abertos e ninguém vai conseguir fechá-los. Vai ficar tão duro, que ninguém vai conseguir colocar roupa em você... Ah, e também vai para o inferno "bem torrado e pretinho".
Claro que eu dei boas gargalhadas com tudo isso!
Foi então que eu lembrei de um texto bem descontraído sobre esse assunto. Ele é meio contraditório, já que nenhum ateu acredita em céu, inferno, satanás ou deus. Mas, mesmo assim é engraçado e vale a pena ler. Nem sei quem é o autor. Mas, láaaaa embaixo, digo onde foi que o encontrei...

Um ateu morre e vai para o céu. Chegando lá é recepcionado por São Pedro:
- Hummm... (lendo o livro da vida pregressa do ateu)... infelizmente meu filho, você não pode adentrar no reino celestial. Você, desde jovem, declarou-se ateu. Até mesmo no leito de morte, você ficou firme no seu ateísmo. Lugar de ateu é no Inferno.
Resignado, o ateu desce às profundezas abissais em procura da entrada do Inferno. Lá chegando tem um choque. A entrada do Inferno parece-se com aqueles grandes cassinos de Las Vegas. Logo na entrada, lindas mulheres recepcionam o ateu.
Extremamente surpreso o ateu adentra no Inferno e é recebido por um homem elegantemente vestido com um terno branco e uma flor no bolso do paletó.
- Seja Bem-Vindo, meu grande amigo! (diz efusivamente) Eu sou Satanás, seu anfitrião por toda a eternidade e qualquer coisa que você queira é só pedir diretamente para mim ou para aquelas lindas mulheres. (abaixando a voz) A ruiva de vestido preto vai te levar à loucura.
A imagem do inferno era fabulosa: uma longa pradaria onde o comum era a relva baixa e flores. Ao fundo uma pequena sequência de montanhas.
Percebia-se um pequeno rio à esquerda, onde o ateu reconheceu Nietzsche e Voltaire, com varas de pescar em uma mão e um copo de vinho na outra. Riam alto! À direita, num restaurante com uma enorme varanda, o ateu discerniu somente numa mesa Thomas Paine, Robert Ingersoll e Thomas Jefferson, este último acenando e apontando para um livro em sua mão. Era o último livro de Richard Dawkins.
Confuso, desnorteado, o ateu não consegue entender o que está acontecendo. Só ouve o Satanás ao seu lado, falando como se fossem dois grandes amigos tomando cerveja num barzinho. E ele não parava de falar:
- Meu amigo, aqui você poderá fazer tudo o que você sempre quis. Nada é proibido, desde que você obtenha prazer. (acenando para um homem que passava). Oi Giordano!
O homem retorna o cumprimento. O ateu curioso pergunta:
- Aquele era Giordano Bruno?
- Hã? Ahh... sim! Desculpe-me por não apresentá-lo, mas não se preocupe, pois irá conhece-lo nas noites de quinta-feira. Todas as quintas fazemos jogatina, após o jogo de futebol. O único que não joga é o Karl Marx.
De repente, interrompendo a conversa, o céu fica escuro com nuvens negras e ventos fortes, com descargas de relâmpagos e trovões que parecem anunciar o dia do Juízo Final.
O ateu vê que a pradaria, outrora linda, virou uma fossa abissal que expelia de suas entranhas, labaredas sulfurosas, como línguas demoníacas.
No meio do céu tempestuoso, um homem aparece, gritando loucamente e ardendo em chamas, caindo diretamente na fossa aberta no chão. Tão logo o homem é engolido pelas chamas, tudo volta ao que era antes. A pradaria, Nietzsche e Voltaire no rio e Satanás não parando de falar, como se nada tivesse acontecido.
Perplexo pelo o que viu e não se contendo em curiosidade perante a passividade de Satanás o ateu pergunta:
- Que porra foi isto?
Satanás responde:
- Era um evangélico. Eles preferem o Inferno desta maneira.

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