domingo, 12 de dezembro de 2010

Empresas barram campanha publicitária que questiona existência de deus

“Empresas de mídia barraram uma campanha publicitária com dizeres contra a religião patrocinada pela Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos). (veja aqui e aqui). As firmas se recusaram a veicular os anúncios mesmo depois de o contrato já ter sido assinado. A Atea estuda as medidas judiciais cabíveis.
As peças de propaganda, com frases como "Religião não define caráter" e "A fé não dá respostas; ela só impede perguntas", deveriam circular em ônibus de Salvador, São Paulo e Porto Alegre pelo período de um mês. A recusa ocorreu primeiro em São Paulo e depois em Salvador, sob a alegação de que as mensagens poderiam violar dispositivos das respectivas leis de publicidade em espaços públicos. Há informações ainda não confirmadas de que a empresa de Porto Alegre também vai romper o contrato.
"As seguidas recusas de prestação de serviço são uma confirmação contundente da força do preconceito contra os ateus, e da necessidade de acabar com ele. Nossas peças nada têm de ofensivas, e o teor de suas críticas empalidece frente às copiosas afirmações dos livros sagrados de que ateus são odiosos, cruéis, maus e devem ser eliminados. Existe um duplo padrão em ação aqui", diz Daniel Sottomaior, presidente da Atea.”
Hélio Schwartsman
Folha.com
Quero expressar a minha opinião:
As pessoas têm todo o direito de serem atéias, assim como de seguir qualquer religião. Elas têm o direito de ter fé e de acreditarem no que quiserem acreditar, no que faz bem às suas mentes, no que lhes traz algum conforto espiritual. Eu rezo quando tenho vontade, agradeço a Deus, aos santos, aos espíritos iluminados, aos anjos, toda graça alcançada. Se não sigo os dogmas da Igreja nem vou a missas e não comungo, sempre fiz o bem sem olhar a quem, sempre tratei o próximo como quero ser tratada: com respeito, dignidade, amor. Sou solidária e não suporto injustiças. Respeito todos os credos, todas as religiões, nunca discriminei ninguém por sua crença, cor, opção sexual. Mas muitas vezes coloquei em dúvida a existência de Deus: ao presenciar as grande catástrofes da natureza, as atrocidades das guerras, as barbáries do holocausto e das bombas atômicas lançada sobre Hiroxima e Nagasaki, as mortes com requintes de crueldade nas chacinas de Carajás, do Carandiru, da Candelária. Acho lamentável a censura imposta à campanha que questiona a existência a Deus, pois o ateu tem o mesmo direito de se manifestar que um católico ou evangélico. Questionar a existência de Deus pode ser uma ótima discussão para o século XXI. Quem sabe não contribui para arejar as mentes e assentar bases mais sólidas para o futuro de um mundo bem melhor?
Jussara Seixas
By: Terra Brasilis

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