quinta-feira, 24 de junho de 2010

Os pedágios, o Rodoanel e o trânsito em São Paulo

Um colega de trabalho, motorista da TV Record, já havia me alertado. Ele me contou que havia desistido de usar o Rodoanel por conta dos pedágios e da maior quilometragem na viagem que faz diariamente entre a casa e o trabalho e vice-versa.

É natural que isso aconteça: os motoristas até experimentam novos caminhos, mas depois de um tempo passam a fazer os cálculos do que é mais ou menos compensador. O que me espanta é que o governo paulista não tenha feito os mesmos cálculos, se seu objetivo era provocar uma grande redução do tráfego de caminhões pelo meio da cidade de São Paulo.
Ou vai ver que eles pensaram assim: a gente faz a obra, aproveita para usar o impacto dela na propaganda eleitoral e depois… bem, depois a eleição já foi e a gente pensa no que fazer para resolver de fato o problema que inferniza os paulistanos.
Da Folha de S. Paulo:
23/06/2010-07h54
Após melhora no trânsito, caminhões retornam à av. dos Bandeirantes
DE SÃO PAULO
Parte dos caminhões que haviam deixado a Bandeirantes desde que o trecho sul do Rodoanel foi aberto para o tráfego, em 1º de abril, está de volta à avenida. A informação é da reportagem de Eduardo Geraque e Ricardo Gallo publicada na edição desta quarta-feira da Folha.
A Folha constatou movimento 18% maior de caminhões na avenida em relação ao período pós-inauguração do Rodoanel. A comparação foi entre as 16h e as 17h, em duas segundas-feiras (5 de abril e anteontem). Ainda assim, o fluxo na Bandeirantes está distante daquele de quando o trecho sul não existia. Na ocasião, havia em média 30% mais caminhões que hoje.
O caminhoneiro Rogério Conrado, 32, é um que desistiu de usar o trecho sul do Rodoanel nos 180 km entre Sumaré (interior de SP) e Cubatão (Baixada Santista). De acordo com ele, a nova pista é boa, não há trânsito, mas o bolso pesou. São 19 km a mais por dia “e R$ 1.000 mais caro por mês”.

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