sexta-feira, 12 de março de 2010

Apesar de queda do PIB, Brasil permanece como 9ª maior economia do mundo

Segundo projeção da Economist Intelligence Unit, país segue na 9ª posição na lista.


BBC Brasil BBC
 Desempenho da economia brasileira em 2009, com uma queda de 0,2% no PIB, foi insuficiente para alterar a posição do país no ranking global das economias, de acordo com uma projeção feita pela consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU) a pedido da BBC Brasil.


A projeção indica que a economia brasileira permanece como a 9ª maior do mundo no chamado ranking do PIB por PPP (paridade de poder de compra), que leva em consideração as diferenças entre o custo de vida nos países.

Considerando-se o PIB nominal (sem descontar a inflação), o Brasil aparece como a 8ª economia do mundo, disse a EIU.

O PIB nominal brasileiro registrou uma queda de US$ 1,6 trilhão para US$ 1,5 trilhão em 2009. Mas, considerando-se o ajuste pelo poder de compra da moeda brasileira, o PIB teve um aumento de US$ 1,9 trilhão para US$ 2 trilhões.
Resultado 'positivo'
Com esse desempenho, o Brasil manteve-se no ranking atrás das economias da Grã-Bretanha e da Rússia, que estão imediatamente à sua frente, mas por uma pequena vantagem.

A Grã-Bretanha apresentou um crescimento no PIB por PPP de US$ 2,1 trilhões para US$ 2,14 trilhões em 2009, apesar de uma queda estimada em 5% no PIB nominal. Já o PIB por PPP da Rússia cresceu de US$ 2,1 trilhões para US$ 2,2 trilhões, mesmo com uma retração nominal de 7,9%.
Segundo os cálculos da EIU, o PIB brasileiro ajustado por PPP teria que ter subido 5% em 2009 para que a economia do país se igualasse às da Grã-Bretanha e da Rússia.

A organização estima que, para ultrapassar a economia britânica em 2010, o Brasil precisa ter um crescimento de 7% no PIB ajustado por PPP, e de mais de 10% para ultrapassar a Rússia.
A EIU prevê um crescimento de 7,6% no PIB brasileiro ajustado por PPP em 2010, e um crescimento nominal de 5%.

Para a analista Justine Thody, diretora regional para a América Latina da EIU, apesar da queda do PIB nominal brasileiro no ano passado, o resultado é positivo dentro do contexto da recessão global e deve aumentar a confiança na economia do país.
"Os mercados de capitais relativamente profundos do Brasil, bancos muito bem capitalizados e parceiros comerciais diversificados permitirão que o país continue a ganhar com a crescente demanda na Ásia e em outras regiões emergentes", disse Thody à BBC Brasil.

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