terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

A guerra vira um videogame



A Força Aérea de Israel apresentou hoje o jato Heron TP, que em hebraico que dizer “dragão de fogo”. Como outros aparelhos israelenses é desenvolvido com tecnologia americana tem capacidade para executar missões com um alcance suficiente para atingir o Irã. O heron TP tem a envergadura de um Boeing 737, 26 metros de ponta a ponta de suas asas.

A diferença, porém, é que o Heron TP é um avião fantasma, sem tripulantes, controlado por um computador e um joystick, como um videogame. Um brinquedo, porém, com capacidade de disparar mísseis e de monitorar todas as atividades de terra e ar de onde estiver voando, com suas até 72 horas de capacidade de voar sem reabaastecimento.

O Heron consolida uma tendència do armamento das grandes potências destinado a executar missões bélicas contra países em grande inferioridade aérea – pois estes aviões não tripulados são muito inferiores no combate com caças tripulados – tal como o fazem os Estados Unidos com o “Reaper”, um modelo semelhante.

A guerra, assim, atinge o máximo de crueldade. É possível aniquilar as parcas defesas de países pobres sem arriscar sequer um de seus soldados. É apenas um exercício lúdico de um “piloto de computador”, numa sala refrigerada a milhares de quilômetros, que “brinca” de destruir pessoas pela tela iluminada.

E me digam, como vamos falar em não proliferação de armas nucleares num mundo onde matar virou um videogame?

Brizola Neto

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