sábado, 14 de fevereiro de 2015

Alckmin: a cada dia, um novo factoide e nenhuma ação


Jornal GGN 

"O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou na quinta-feira (12/02) que voltará a jogar a água do rio Pinheiros, um dos mais poluídos do Estado, na represa Billings e no sistema Guarapiranga, para dar conta de abastecer a população. A iniciativa já foi barrada pelo Ministério Público no passado.

“Você limpa o rio (Pinheiros) e coloca a água na Billings. Uma outra parte desta água vai para a Guarapiranga, portanto, para abastecimento humano. Uma outra parte vai gerar energia elétrica em Cubatão [na usina de Henry Borden], que é muito eficiente porque a queda é de quase 700 metros de altitude, e o recurso da energia elétrica ajuda a viabilizar tudo isso. O [Jerson] Kelman [presidente da Sabesp] está retomando esse processo. Lá atrás houve questionamento do Ministério Público, mas podemos retomar este trabalho”, disse Alckmin, em entrevista à radio CBN.

Em 2011, o governo Alckmin teve de suspender a despoluição do rio Pinheiros pois a tecnologia empregada não barrava alguns poluentes considerados tóxicos. Além disso, a ideia em meio à crise do sistema Cantareira, vai na contramão de resolução assinada durante o governo Mário Covas (PSDB), de só reverter água do Pinheiros e do Tietê para o corpo da Billings em caso de alagamentos na Capital.


Na entrevista à CBN, Alckmin não deixou claro que tipo de tecnologia a Sabesp pretende empregar desta vez na despoluição do Pinheiros.

Especialistas como Antonio Carlos Zuffo, da Unicamp, acreditam que a Sabesp vai usar produtos quimícos que não darão conta de limpar completamente a água para consumo. Ele alerta que, se isso acontecer, a população terá condições de detectar pela cor do líquido e pelo cheiro."

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