segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Possível guerra entre Irã e Israel já alarma Ocidente


EUA e Grã-Bretanha temem que o governo israelense, de Benjamin Netanyahu, ataque as instalações nucleares iranianas, de Mahmoud Ahmadinejad, assim como ocorreu em 1981, no Iraque; novo conflito está cada vez mais próximo

Brasil 247 / AE

Em 1981, o Iraque, então governado por Saddam Hussein, estava muito próximo de dominar a tecnologia nuclear, com a ajuda de cientistas brasileiros, como o brigadeiro Hugo Piva, que vivia em Bagdá. O sonho foi pelos ares quando caças israelenses bombardearam o reator de Osirak, dando início à teoria dos ataques preventivos – a mesma que foi utilizada em 2003, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque. Israel atacou porque temia ser atacado.

Hoje, 31 anos depois, o mundo teme que Israel repita a estratégia – só que, desta vez, sem a mesma cobertura internacional e contra um país muito mais forte. Como o Irã, de Mahmoud Ahmadinejad, está muito perto de dominar a tecnologia nuclear, podendo produzir seus próprios artefatos atômicos, o regime israelense se vê tentado a repetir a estratégia adotada contra o regime de Saddam Hussein.

O clima é tão tenso que autoridades dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha alertaram Israel para não atacar o programa nuclear do Irã. O pedido feito neste domingo, quando o assessor de segurança nacional da Casa Branca chegou à região, reflete o crescente nervosismo internacional em relação à ameaça de um possível ataque israelense.

Nos seus alertas, tanto o chefe adjunto de Estado-Maior americano, general Martin Dempsey, quanto o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disseram que um ataque israelense ao Irã teria grave consequências para toda a região e exortaram Israel a dar mais uma chance às sanções internacionais contra aquele país. Dempsey afirmou que um ataque de Israel não seria "prudente", enquanto Hague disse que não seria uma coisa "sábia".
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