segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Greve em vitrine do PSDB é ignorada pela mídia em São Paulo



Paralisação de quarenta dias no Poupatempo Lapa insurge-se contra modelo de gestãoprivatizada, que adota políticas salariais diferentes para o mesmo serviço. Criado em 1996, na gestão de Mario Covas, o programa concentra em um único local diversos serviços públicos, como emissão de cédula de identidade, carteira de motorista, certificado de antecedentes criminais, entre outros.


Quase não saiu na imprensa, mas uma greve de quarenta dias paralisa totalmente uma das vitrines do governo Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo. Trata-se do Poupatempo do bairro da Lapa.

Criado em 1996, na gestão de Mario Covas, o programa concentra em um único local diversos serviços públicos, como emissão de cédula de identidade, carteira de motorista, certificado de antecedentes criminais entre outros. Seu sucesso foi instantâneo, por agilizar a emissão de documentos que antes eram disponibilizados por diversos órgãos governamentais. Atualmente há seis postos na capital paulista, 22 nas principais cidades do interior, além de seis unidades móveis.

Administrado pela Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), a gestão do Poupatempo é toda privatizada. Isso gerou distorções em sua administração, pois cada concessionária tem uma política de pessoal e diferentes faixas de remuneração. A unidade Lapa, por exemplo, tem piso salarial de R$ 655,40, enquanto o valor em outras unidades é de RS 953,52. A principal bandeira é a equiparação.

Nesta segunda-feira (21), um ato de protesto foi realizado na avenida Paulista pelos trabalhadores parados. O julgamento da greve ocorre na sede do Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo.

A greve teve início dia 10 de dezembro. A unidade Lapa tem capacidade para até 10 mil atendimentos diários. Os trabalhadores terceirizados, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-Obra (Sindeepres) e o Consórcio Lapa Poupatempo não chegaram a acordo nas inúmeras reuniões e audiência de instrução e conciliação realizada no dia 20 dezembro no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Vale perguntar: a cobertura da imprensa seria melhor se a greve não acontecesse contra um governo do PSDB?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário