segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mulher tem que ser mulher




Até hoje estão a procura de quem inventou que mulher sarada é aquela que tem praticamente corpo de homem com nomenclatura masculina para os músculos como barriga de tanquinho, braços e pernas definidos com panturrilhas musculosas e etc..etc... Uma enormidade de nomes e definições para um corpo talhado a malhação excessiva e muitas vezes até sob efeito de anabolizantes.

O pior é que todas parecem clones umas das outras. O bum bum é o mesmo, os seios siliconados também e aqueles braços de halterofilista idem. Um verdadeiro exército de robos femininos, quase biônicos e assexuados, porque a leveza e a sensualidade naturais da mulher,ficam escondidas naqueles feixes de músculos avantajados.

Em contrapartida vemos nas passarelas mulheres tão magras que parecem até que trocam as pernas ao desfilarem. Ossos pontudos e corpos magérrimos formam um outro exército, o da moda talhada na ponta do lápis dos estilistas. Eles dizem que para desfilarem roupas com elegância as modelos tem que se parecer com cabides para que as peças tenham um caimento impecável. Dá para entender?

E se de repente aparecesse uma dessas musculosas saradas , bronzeadas e atarracadas na passarela vestindo um Oscar de La Renta bem justo, o que aconteceria? Será que faria da roupa do design um fracasso? E se uma das modelos magrelas, branquelas e tísicas surgissem na avenida para desfilar em alguma escola de samba, conseguiria levar o público ao delírio com suas formas nem um pouco definidas?

Como se vê, apesar de quererem ditar a forma do corpo feminino ele varia de segmento para segmento. O que é bom para um , não é para outro. Por isso, é que salve a mulher normal, aquela que só faz dieta quando não há roupa que caiba; aquela que prioriza a saúde, mas não deixa de comer seus docinhos, beber seu chopp ou um bom vinho e apenas caminhar pela praia em vez de suar por todos os poros durante horas, tomando energético e fingindo que não sabe da existência de uma boa sobremesa de chocolate.

O ideal é a mulher plain, ou seja, sem muitos condimentos ou “acessórios corporais” conseguidos nos pesos e aparelhos de ginástica ou com atributos a menos, à custa do eterno sacrifício de fechar a boca, não tomar sol e manter o peso de maneira que apareçam os ossos.

Bom mesmo é ser mulher assim,sem muito compromisso com a estética perfeita e sem a obssessão pela forma ideal, mantendo só um peso que não a deixe embaraçada, mas sempre com a certeza de que vale a pena arriscar comer um pouco mais e bebericar de vez em quando em nome da felicidade !

Direto da redação

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