segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Triste sina a que nos reserva 2018

2018a
Façamos o breve exercício de olhar o futuro. Dá-se a isso o pomposo nome de análise de cenários.
Dessa análise resultam planejamentos estratégicos e planos de ações que possibilitem o enfrentamento das condições piores ou ideais, bem como daquelas mais previsíveis, ou desejadas, pois que o que mais queremos é ter tudo sob nosso estrito controle.
O cenário para 2018 não poderia ser pior: por um lado, Lula. De outro, Aécio ou Alckmin. Quiçá, Marina. Sem chances Luciana.
Ciro começando a correr por fora. E agora, como planejar?
Dos meus cinquenta anos, que vivi quotidianos, trinta foram gastos com eles e vinte com os militares.
Como tentar planejar um futuro quando as opções são as mesmas desde que nos conhecemos por gente?
OK, o PT foi uma novidade que nos permitiu uma mudança. Mas caiu, como todos os outros, na mesmice de pensar que apenas ele é capaz. Cometeu o erro de não permitir que forças novas surgissem, não apenas dentro de si, mas como em toda a esquerda.
O PT fez-se sinônimo de esquerda, a tal ponto do PSOL se declarar à esquerda do PT.
E o que tem o PT para oferecer? Lula. Nada mais que Lula.
Quiçá possam, a partir de 2016, oferecer Haddad como alternativa. Seria um claro indício de que querem se manter no poder não apenas pelo poder, mas pela atualização, pela renovação, por oportunizar aos quadros mais jovens que enfrentem a disputa.
Fora disso é disputa de poder pelo poder. E sem essa de ser a única forma de manter um projeto ideológico.
Se somente com Lula é que vão manter um projeto ideológico, é sinal pronto e acabado de que só existe projeto ideológico dentro do PT.
Ou seja, para o PT não existe esquerda além daquela que ele quer que seja esquerda.
Não compactuo com a ideia de que o PT é o dono da esquerda ou somente ele é a esquerda, como pensa a maioria dos petistas de carteirinha. Da mesma forma que é triste ver que a direita está absolutamente dominada pela ala ultra-direitista do PSDB, DEM, PPS e demais.
Ou os fisiologistas do PMDB, PDT, PP e demais partidos que fingem apoiar o governo.
O exercício de olhar para o futuro me entristece. Significa continuar olhando para o passado.
Duas gerações de brasileiros foram praticamente ignoradas pelos partido e cerebralmente lavadas pela mídia, a ponto de não termos juventude capaz de despontar no cenário político nacional.
Aliás, no cenário político estadual, a ver os últimos governadores eleitos.
E dizer que essa era a geração que, em 68, dizia querer mudar o mundo…
Parece que aprenderam a não largar o osso…
http://www.escosteguy.net/?p=5004

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