sexta-feira, 13 de março de 2015

Psicologia de massas do coxismo


Escreveu Gustave Le Bon, em "Psicologia das massas", em 1895 (citado por Freud em "Psicologia das massas e análise do eu"):

"Pelo simples fato de pertencer a uma massa, o homem desce vários degraus na escala na civilização. Isolado, ele era talvez um indivíduo cultivado, na massa é um instintivo, e em consequência um bárbaro. Tem a espontaneidade, a violência, a ferocidade, e também os entusiasmos e os heroísmos dos seres primitivos".

E Freud acrescenta, em seu ensaio de 1920:

"Inclinada a todos os extremos, a massa é também excitada por estímulos desmedidos. Quem quiser influir sobre ela, não necessita medir logicamente os argumentos; deve pintar com as imagens mais fortes, exagerar e sempre repetir a mesma coisa.

Como a massa não tem dúvidas quanto ao que é verdadeiro ou falso, e tem consciência da sua enorme força, ela é, ao mesmo tempo, intolerante e crente na autoridade. Ela respeita a força, e deixa-se influenciar apenas moderadamente pela bondade, que para ela é uma espécie de fraqueza. 

O que ela exige de seus heróis é fortaleza, até mesmo violência. Quer ser dominada e oprimida, quer temer os seus senhores. No fundo inteiramente conservadora, tem profunda aversão a todos os progressos e inovações, e ilimitada reverência pela tradição."

(Tradução de Paulo César de Souza.)

http://caviaresquerda.blogspot.com.br/2015/03/psicologia-de-massas-do-coxismo.html

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