quinta-feira, 29 de maio de 2014

O festival de obscenidades que inunda o país


                                                                                                                                                                                                                                                                                                As mentiras se multiplicam nas redes sociais para enganar quem ainda não decidiu seu voto na eleição presidencial.
Espalham as maiores barbaridades sobre Lula, Dilma e o PT.
A internet substitui as publicações apócrifas de tempos atrás e os profissionais da boataria.
A oposição monta grupos bem treinados e pagos, que manipulam exércitos de robôs para inundar a rede com toda a espécie de lixo difamatório.
É a nova face da guerra eleitoral.
Para tanto, além das redes sociais, são usadas as caixas de comentários de praticamente todos os portais noticiosos, sites e blogs que tratam de política.
Empresas como Globo, Folha e Estadão se prestam a disseminar mensagens de ódio e preconceito explícitas.

Qualquer pessoa normal que cai num desses recantos fica chocada com a violência ali contida, com os crimes flagrantes que elas pregam.
Impressiona como grupos de comunicação tão importantes não só permitem como ajudam a disseminar essas monstruosidades.
Impressiona também como a Justiça se mantém alheia a tais absurdos.
Uma campanha eleitoral deveria ser de outro tipo.
Os candidatos deveriam dizer aos eleitores o que pretendem fazer para melhorar o país caso se elejam.
Poderiam até criticar as idéias dos adversários - mas nunca a pessoa do adversário, como se, pelo fato de ele ser gordo, careca, mulher, negro, pobre, ateu, divorciado, homossexual ou usar óculos fosse algo que o diminuísse como pretendente a ocupar um cargo político público.
Tudo indica, porém, que a campanha eleitoral é o momento propício para que algumas pessoas extravasem toda a sua patologia.
Se for assim mesmo, até que dá para tirar uma boa lição desse festival de obscenidades que vive o Brasil.
Dá, por exemplo, para concluir que um candidato, ou um partido, que utiliza essa tática para conseguir votos não vai fazer muito diferente disso quando estiver no poder.
É tudo uma questão de caráter.
E de oportunidade.
O país está inundado de exemplos de gente assim, que se elegeu por meio de estratagemas sórdidos. 
Será que o mundo se corrompeu tanto que é tão difícil reconhecer a honestidade e as boas intenções? 
http://cronicasdomotta.blogspot.com.br/2014/05/o-festival-de-obscenidades-que-inunda-o.html

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