terça-feira, 29 de abril de 2014

A política do ódio


Marco Antonio Araujo

Só pra ficar claro: eu respeito quem tem posições políticas distintas da minha, quem pensa o contrário do que eu penso. Eu preciso de pessoas assim, que me despertem um outro olhar.

Mas não respeito - na verdade, eu desprezo - quem tem como posição política ser contra algo ou alguém. Gente incapaz de afirmar um ponto de vista, mas que vive destruindo a perspectiva do outro, a utopia do outro, a esperança do outro. Gente que mata o outro. 

Que você seja contra Lenin, Che Guevara, o PT, tudo bem. Para efeito de raciocínio, o mesmo se aplica a quem não suporta FHC, Aécio, Maluf. OK. Mas, por favor, não faça de sua vida uma campanha interminável contra seus inimigos de pensamento. Não se torne um fascista, um retórico fundamentalista, um pessoa movida a ódio. 

Diga o que você pensa, no que você acredita, me ensina o que te move. Eu vou ouvir. Eu preciso entender do que se trata.

Mas, ao falar de política, não cuspa sobre mim seu rancor, suas frustrações, seus fracassos, seus medos, sua ignorância. Quem faz isso é um assassino político, um psicopata político, um tarado político. 

Pare de destruir o outro. Diga-me quem são seus seus exemplos, suas apostas, suas dúvidas, seus candidatos. Você não os tem? Então admita que você está sozinho, com medo, infeliz. Não me faça participar da sua solidão política.
No, http://esquerdopata.blogspot.com.br/

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