terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O que há por trás da oposição ao trem-bala?

Semana sim, e na outra também, a Folha de S.Paulo traz matéria sobre o trem-bala (TAV - Trem de Alta Velocidade), o que faz com que estejam no jornalão da Rua Barão de Limeira nada menos que nove de cada dez reportagens publicadas a respeito.
Todas críticas em relação ao projeto dos governos Lula-Dilma, de implantação da linha inicial do TAV ligação Rio-Campinas-São Paulo e todas disfarçadas - matérias como se fossem relacionadas ao interesse público, que no caso do trem-bala não estaria sendo atendido.
Hoje, a história que a Folha publica é que uma Análise da Consultoria Legislativa do Senado apurou que a obra vai custar R$ 14,6 bi do Orçamento e que esses recursos públicos entrarão como participação acionária e para cobrir custos de empréstimos.
Qual a novidade disso? 1º sempre se soube que o projeto teria a participação do poder público; 2º, como tocar programa de tal porte sem a participação financeira do Estado?
Os interesses já se sabe, falta jornalão assumí-los
Evidente que a Folha não pode imaginar que todo mundo é besta e que não se descobriu, ainda, o que ela tem de interesse por trás disso. A essa altura está mais do que claro que com essas matérias o jornalão da família Frias ecoa, dá voz e repercussão aos interesses econômicos das concessionarias de estradas.
Ou será que os países da Europa estão loucos ao criar e expandir a rede de TAVs que têm? O que está, realmente, por trás da oposição da midia, em particular da Folha de S.Paulo ao trem-bala? O que há já se sabe. E como já se descobriu, que tal o jornalão assumir às claras?
Um país continental como o Brasil não pode prescindir de uma rede ferroviária densa, de passageiros nos - e entre - seus grandes centros urbanos, e de carga em toda a extensão do território nacional.
Aliás, ainda que precária, e não suficiente, tínhamos uma rede muito maior e que, por um erro de visão e estratégia do regime militar, a ditadura desativou vários trechos e ramais priorizando o modal rodoviário, de implantação mais barata que ferroviário, mas que torna o transporte de carga muito mais caro.
By: Blog do Douglas Yamagata

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