quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Até agora, Trump vem perdendo para Churchill


Dias atrás, Trump chamou de “países de merda” o Haiti e nações africanas.

No mesmo período, estreou o filme “O Destino de uma Nação”, que retrata Winston Churchill como herói da liberdade.

O que uma coisa tem a ver com a outra? Vejamos.

Em 11/01, Richard Seymour escreveu na revista “Jacobin” sobre o famoso primeiro-ministro britânico. Segundo o artigo, no final da Segunda Guerra, Churchill afirmou: “Devemos varrê-los, cada um deles, homens, mulheres e crianças. Não deve restar um japonês na face da terra”.

Mas tem mais.

...não admito que um grande mal tenha sido feito aos índios vermelhos da América ou aos negros da Austrália (...) pelo fato de que uma raça mais forte, uma raça superior, (...) invadiu e tomou seu lugar.

Visitando a Itália em 1927, declarou a Mussolini: "Se eu fosse italiano, com certeza estaria a seu lado desde o início para concluir sua luta triunfante contra os apetites e paixões bestiais do leninismo".

Escrevendo sobre suas "relações íntimas e agradáveis” com Mussolini, acrescentou que "no conflito entre fascismo e bolchevismo, não há dúvidas sobre de que lado ficam minha simpatia e convicções".

Mas Churchill não se limitava a proferir barbaridades. Ele autorizou o uso de gás venenoso contra rebeldes que combatiam o domínio britânico no Iraque. Na verdade, já havia ordenado que se fizesse o mesmo contra a Rússia dos bolcheviques.

Um caso de pioneirismo foi a utilização do terrível “agente laranja” contra rebeldes na Malásia. Muito antes que as tropas estadunidenses fizessem o mesmo no Vietnã.

Por enquanto, Trump vem perdendo para Churchill na condição de criminoso racista. Por enquanto...

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