quinta-feira, 29 de outubro de 2015

LEGÍTIMA DEFESA: UM CONGRESSO DE MARCOLAS, CUNHAS E BEIRA MARES





Vamos ao resumo do banditismo institucionalizado:

1) o governo mandou para o Congresso o Projeto de Lei número 2960 (PL 2960), tratando da repatriação de aproximadamente um trilhão e duzentos bilhões de reais, dinheiro de brasileiros no exterior;

2) sorrateiramente, como é típico dos ratos e dos malfeitores, dos delinquentes, o deputado Manoel Júnior(PMDB-PB), pastor da quadrilha de Eduardo Cunha, digo militante da Bancada Evangélica, inseriu um artigo no PL, tornando inimputáveis todos os que têm contas secretas no exterior;

3) este parágrafo, o quinto, no PL, já está sendo chamado de Emenda Cunha, pois transforma o presidente da Câmara em um cidadão que agiu de acordo com as leis, ao roubar, corromper, se deixar corromper e mandar o fruto do botim para o exterior.

Isto tem desdobramentos que nos levam à categoria de república bananeira, sem leis, de ladrões.
Com essa emenda no projeto original:

1) lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão e divisas saem da categoria de crimes e passam a ser contravenções. Os crimes podem ser investigados a partir de indícios e denúncias, a contravenção só com flagrante de delito, mais ou menos o seguinte: se sou flagrado roubando um banco sou preso. Se consigo mandar o dinheiro roubado para o exterior, não posso ser investigado ou punido, ainda que haja indícios de que eu tenha roubado, ainda que me denunciem como o assaltante do banco;

2) morrem as investigações do Swissleaks (escândalo do HSBC suíço), com oito mil contas secretas, de brasileiros, a maioria delas abertas e mais alimentadas durante as privatizações, o que na prática legaliza a privataria tucana;

3) a Lava Jato toma outro rumo: os que beneficiaram caixas dois de partidos continuam réus, os que roubaram para si e mandaram para o exterior ficam inocentados;

4) ficam reconhecidas as empresas offshore, em paraísos fiscais, bem como as contas secretas existentes lá.

O pudor foi definitivamente varrido da política brasileira, a moral migrou, a justiça arbitra que ladrões devem ser isentados.

Ao mesmo tempo tramita uma proposta de lei, de Aloysio Nunes, transformando manifestação política em terrorismo, para que aceitemos a classe política como quadrilha institucionalizada, sem reclamar.

Vivemos dias de Cuba na década de cinqüenta, a mesma corrupção, a mesma degradação de valores, o mesmo achincalhe com o povo.

Na hora em que aparecer um Fidel Castro tupiniquim, para acabar com os Fulgêncios Batistas brazucas, dirão que é comunismo ou bolivarismo.

Ledo engano. Será legítima defesa.

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