sexta-feira, 13 de julho de 2012

Juro cai e Fiesp reclama



Skaf só sabe chorar      (Foto: José Cruz/ABr)
Os juros básicos da economia já estão em 8% ao ano, a menor taxa da história. Melhor que isso, porém, é a revolução que as taxas nesse nível estão promovendo na economia brasileira. O governo Dilma pode vir a ser lembrado exatamente por ter tido a coragem de fazer a Selic recuar tanto. E, é bom sempre dizer isso, antes de o PT assumir o governo federal, o juro estava em mais de 20% - apenas uma parte da herança maldita deixada pelos tucanos.

Parece, porém, quando se lê os jornalões, que esse processo de levar paulatinamente e de modo seguro as taxas de juros a níveis civilizados, é algo ruim para o país.
Mesmo aqueles que deveriam, em tese, estar aplaudindo a decisão do Copom, como os empresários do setor industrial, soltam notas em que criticam o ritmo da queda.
A Fiesp, então, por meio do seu presidente, Paulo Skaf, parece que vive em outro mundo. “A queda de juros é benéfica para o Brasil, portanto, essa cautela excessiva adotada pelo BC não é necessária”, diz ele em nota oficial da entidade.
Skaf, presumo, não é burro. Se fosse, não teria chegado ao cargo que ocupa hoje na mais poderosa federação industrial do país.

Portanto, a crítica que faz à "cautela excessiva" do Banco Central só pode ser originada de má-fé, de alguém que prefere ver o país arrebentado por uma política econômica populista do que por procedimentos que irão promover mudanças estruturais firmes.
A Fiesp, como outras entidades empresariais, deveria, em vez de fazer pronunciamentos ridículos como esse, ajudar o país a enfrentar, sem danos maiores à sua população, a grave crise econômica mundial que arrasa a Europa, com consequências para todas as nações.

Em vez disso, nesta hora, os empresários brasileiros fazem o que mais gostam de fazer, que é chorar, pedir mais benesses e facilidades ao governo que tanto combatem quando estão por cima, quando tudo vai bem para eles.
O fato é que o governo vem fazendo a sua parte, mas essas tais "forças da produção" simplesmente se aproveitam do momento para tentar tirar mais vantagem.
É isso: se há uma lei que esse pessoal entende e respeita é da do Gerson e apenas ela.

cronicasdomotta

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