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quarta-feira, 14 de maio de 2014

Como o Distrito Federal conseguiu erradicar o analfabetismo


Segundo Agnelo Queiroz, estratégia foi priorizar alfabetização de jovens e adultos, envolver os movimentos sociais e firmar parceria com o governo federal.


Brasília - Primeira unidade da federação a erradicar o analfabetismo, o Distrito Federal usou uma estratégia aparentemente simples, mas funcional: priorizou a alfabetização de jovens, adultos e idosos como principal política pública educacional, se apropriou das tecnologias, experiências e investimentos que o Ministério da Educação disponibiliza e envolveu sociedade civil e movimentos sociais no esforço coletivo.

“Minha primeira decisão, já no governo, foi priorizar o programa de alfabetização de jovens e adultos, contatar os movimentos sociais que fazem alfabetização e determinar que a Secretaria de Educação colocasse isso como prioridade, o que nunca foi nas administrações anteriores. Também fizemos parceria com o governo federal e investimos mais recursos em contrapartida”, contou à Carta Maior o governador Agnelo Queiroz (PT).

De acordo com ele, é por isso que a conquista é uma vitória do seu governo, mas também das parcerias que permitiram o sucesso do programa de alfabetização de jovens, adultos e idosos. “Saber que a nossa capital federal é território livre do analfabetismo é motivos de orgulho, mas também aumenta a nossa responsabilidade. A gente vem batalhando desde 2011 com um programa muito ofensivo, e agora vamos intensifica-lo ainda mais”, acrescentou.

A certificação que resultou no título foi feita com base no Censo Domiciliar 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou que, das pessoas residentes no DF, 96,4% sabem ler e escrever. O MEC considera, para a certificação, que uma cidade ou estado é território livre do analfabetismo quando mais de 96% da população já está alfabetizada. Caso não só do DF, mas de outros 207 municípios que receberão o título até o final de 2004.

Apesar do censo de ter sido fechado antes de Agnelo assumir o governo, em 2011, uma outra pesquisa, mais recente, feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), mostra a contribuição decisiva da sua administração para a erradicação do analfabetismo no DF. Segundo o anuário estatístico 2013, desde o início da sua gestão, o índice de analfabetos caiu ainda mais: agora, 97,9% da população alfabetizados já está alfabetizada.

O aumento de 1,5% não é pouca coisa. Com 2,7 mil habitantes, o Distrito Federal, que engloba a capital do país e as cidades satélites, é a quarta região metropolitana mais populosa do Brasil, perdendo apenas para Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. E mais do que as outras, recebe continuamente uma população migrante, de difícil acesso, acima das taxas nacionais. Pelo último censo, o número de habitantes cresceu 7,2%, enquanto a população do país aumentou 2,83%.

Ainda assim, o poder público tem conseguido chegar aos analfabetos e cercá-los com políticas  que mudem essa condição. “Já alfabetizamos mais de 20 mil pessoas, tendo em vista não só diminuir o analfabetismo, mas erradicá-lo. E este ano vamos alfabetizar mais 10 mil”, contabiliza Agnelo.

O governador acredita que a parceria com o governo federal foi inspiradora. “Eles criaram o Programa Brasil Alfabetizado e nós criamos o DF Alfabetizado, para melhorar ainda mais os investimentos na área. Para cada real que o governo federal coloca na alfabetização, eu coloco mais um real. Com isso, os professores-colaboradores que atuam na alfabetização de jovens e adultos recebem uma bolsa extra de mais R$ 400 do GDF”, explica.

De acordo com ele, há incentivos também para os jovens, adultos e, principalmente, idosos que aderem ao programa. “Se for beneficiário do Bolsa Família, eu pago uma bolsa a mais: a Bolsa Alfa, que é de R$ 30, valor que nós vamos reajustar agora”, acrescenta. O governador conta que os alunos do programa de alfabetização também recebem kit material escolar e merenda adquirida da produção dos agricultores familiares do DF.

Erradicação total

Agora, Agnelo quer enfrentar o desafio de atingir os 2,1 % de analfabetos que persistem e erradicar de vez o problema no DF. Sabe que será cada vez mais difícil atingir o público residual, formado em grande parte por idosos, residentes na zona rural e com dificuldades de locomoção. “Vamos aumentar a ofensiva”, promete.

Na última segunda (12), o governo iniciou treinamento de servidores do judiciário que se mobilizaram para atuar na empreitada, como voluntários. Na abertura do curso, ministrado pela Coordenação de Educação de Jovens e Adultos (Cejad), a subsecretária de Educação, ressaltou a importância das parcerias para os bons resultados alcançados pelo DF.

domingo, 17 de junho de 2012

Quem só se informa pela “velha mídia” sabe tudo pela metade



Quem ainda só se informa pelo que se convencionou chamar de “velha mídia” certamente ficou surpreso com o resultado da oitiva do governador de Brasília, Agnelo Queiróz, na sessão de ontem (13/06) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o envolvimento do chefe de quadrilha Carlos Augusto Ramos, o “Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados.
Antes de explicar o por que dessa surpresa poder sobrevir, um preâmbulo para quem venha a ler este texto fora do blog onde foi publicado originalmente e que não costuma se informar através dessa alternativa informativa que é a “blogosfera”.
Por “velha mídia”, entendam-se grandes jornais, revistas, telejornais e os mega portais de internet como UOL e G1, por exemplo. E o fato é que esses veículos vinculados a esquemas políticos e a interesses econômicos só contam o que querem. Às vezes, chegam até a mentir. Mas o mais comum é que omitam o que não querem que o público saiba.
Todavia, o pior da empulhação que propagam – e não só em política, ainda que principalmente em questões políticas – reside nas “análises” que, sob linguagem jornalística e garantias de isenção dos “analistas”, difundem um sem-número de meras invenções de jornalistas pagos para tentarem enganar o público e para direcioná-lo a conclusões precipitadas ou errôneas.
De volta à oitiva de Agnelo pela CPMI do Cachoeira, há que lembrar do que os analistas da “velha mídia” diziam sobre o governador de Brasília nos primeiros momentos do escândalo que está abalando a República. Segundo “analistas” de veículos como O Globo, Folha de São Paulo ou revista Veja, havia mais indícios de envolvimento de Agnelo com Cachoeira do que do governador de Goiás, Marconi Perillo.
Naquele momento, grande parte dos vazamentos das escutas da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, ainda não chegava aos grandes meios de comunicação. Isso porque estes tentavam impedir a instalação da CPMI do Cachoeira, uma iniciativa dos governistas, e, assim, tratavam de vender a tese de que a investigação recairia sobre o PT e seus aliados, apesar de que o principal flagrado pela investigação da Polícia Federal fora um dos nomes mais eminentes da oposição.
Nessa toada, a mídia tentava intimidar os parlamentares da base aliada do governo federal para que não apoiassem a abertura da investigação mostrando que a deturparia.
A “velha mídia” ocultou ou minimizou muitas das informações que já se tinha sobre Perillo, como as nomeações de membros da quadrilha de Cachoeira em seu governo, os negócios que o governador mantinha com o quadrilheiro, as ligações telefônicas entre eles etc. Enquanto isso, exacerbava menções inconclusivas a Agnelo nas escutas.
Instalada a CPMI, com a transmissão dos seus trabalhos pela TV Senado e pela Internet, a grande mídia teve que reconhecer que as garantias que seus “analistas políticos” deram de que havia mais evidências contra o governador de Brasília do que contra o de Goiás estavam erradas.
Jornalistas como Ricardo Noblat, Merval Pereira e Eliane Cantanhêde, entre outros, reconheceram o “erro”. Outros, como Reinaldo Azevedo, fizeram de conta que nada disseram. Todavia, agora não dava mais para esconder que evidências contra Agnelo nem se assemelhavam às que havia contra Perillo.
Agora que a CPMI se tornara um fato, era hora de tentar desmoralizar a investigação. Os mesmos “analistas” passaram a difundir um pseudo acordo entre governistas e oposicionistas que, por saberem-se todos igualmente envolvidos, haviam combinado de não convocar governador nem de um lado, nem do outro.
Ainda assim, a “velha mídia” conseguiu atrapalhar os trabalhos da CPMI, pois para mostrar que não havia acordo algum os governistas decidiram convocar os governadores extemporaneamente. Convocaram Perillo, contra quem as provas se avolumam, e, para mostrar que não tinham nada a esconder, aceitaram convocar Agnelo apesar de as evidências contra este serem débeis.
Antes da oitiva dos governadores, os tais “analistas” atacaram de novo. Novamente os governistas perderiam porque Perillo seria um mestre da oratória e Agnelo seria um inepto que iria gaguejar e se enrolar todo.
De segunda-feira para cá, porém, o que se viu foi muito diferente. O depoimento de Perillo foi marcado pela dubiedade. Deixou muito sem resposta e se valeu de uma verdadeira guerra travada pela bancada oposicionista na CPMI, que, aos berros, não deixava os governistas inquirirem o governador goiano.
A nebulosidade que marcou a oitiva de Perillo teve seu ponto alto na negação que fez do pedido do relator da CPMI de abrir mão dos seus sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático (e-mails e SMS’s), o que comprovou a suspeita de que tem o que esconder.
Mais uma vez contrariando a “velha mídia”, o depoimento de Agnelo surpreendeu a todos. Seguro, veemente e transparente, não se furtou a pergunta alguma. E coroou seu excelente desempenho oferecendo à CPMI o que Perillo negou: a quebra de TODOS os seus sigilos em qualquer período que se requeira.
Como não foi possível vincular o governador de Brasília ao objeto da investigação – o envolvimento com o esquema Cachoeira –, “velha mídia” e oposição apelam, mais uma vez, à desinformação, a qual, proximamente, será desmontada como foi todo o resto que tentaram vender em termos de empulhação.
Em primeiro lugar, tentam descaracterizar a transparência de Agnelo vendendo uma tese deformada, de que em novembro do ano passado o ministro Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a quebra dos sigilos de Agnelo entre 2005 e 2010 por conta de denúncias de desvios de verbas do Ministério do Esporte, quando foi ministro.
Em segundo lugar, “velha mídia” e oposição difundem uma distorção sobre imóvel que o governador de Brasília adquiriu há mais de cinco anos por R$ 400 mil e que, hoje, valeria R$ 2 milhões ou até mais. E dizem isso com base em achismos, sem respaldo algum de avaliações sérias.
O negócio não tem relação alguma com o esquema Cachoeira. Nem deveria ser abordado pela CPMI, pois o foco da investigação é a relação de agentes públicos e privados com o bicheiro. Mas, na falta de elementos que liguem Agnelo a ele, “velha mídia” e oposição buscam qualquer coisa que possam usar.
Mais adiante, tudo isso também irá virar nada.
Mesmo se fosse verdade que os sigilos TODOS de Agnelo já foram quebrados e que, portanto, ele não teria sido transparente, as análises da mídia esconderam ou minimizaram o fato de que após o gesto do governador de Brasília Perillo teria seus sigilos quebrados na marra porque 16 membros da CPMI assinaram o requerimento de quebra de sigilos dos dois.
Além disso, o STJ quebrou o sigilo bancário de Agnelo, sim, mas este ofereceu à CPMI TODOS os seus sigilos, ou seja, além do bancário, o sigilo fiscal, o telemático e, mais importante de todos, talvez, o sigilo telefônico. Fora o bancário, os outros sigilos de Agnelo não foram quebrados por aquela Corte.
Sobre a casa de Agnelo, uma rápida pesquisa na internet revela um fenômeno que se espalhou pelo Brasil nos últimos anos, mas que, na capital da República, foi mais intenso. O índice de valorização imobiliária em Brasília é de 40% ao ano. Ou seja: um imóvel adquirido na região por R$ 400 mil há mais de cinco anos, hoje facilmente chega a mais de R$ 2 milhões.
Detalhe: a casa foi comprada sem acabamento, ainda em construção.
É por isso, leitor, que, se você não lê a blogosfera, se confia apenas no que dizem impérios de comunicação que têm montanhas de interesses que nada têm que ver com jornalismo, eis a explicação do por que vem se surpreendendo com o sepultamento do que os tais analistas da “velha mídia” lhe venderam sobre a CPMI do Cachoeira.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Mídia tentou evitar CPI para poupar Perillo do que se vê



Quando Willian Bonner aparece na telinha lá pelas oito e meia da noite, durante o Jornal Nacional, fico prestando atenção em suas expressões faciais. Por mais que seja hábil em disfarçar o que pensa ao dar uma notícia, para mim ele é um livro aberto.
Contentamento e contrariedade, medo e arrogância, clareza ou dissimulação podem ser medidos se você sabe que aquela notícia que está sendo dada é verdadeira ou não ou se sabe qual é a posição de quem noticia este ou aquele assunto.
Analisando como se comportam as expressões de alguém conforme o que pensa sobre o que diz, você passa a conhecer a pessoa. Willian Bonner, para este blogueiro, é um livro aberto…
Exemplo: foi instrutivo ver o âncora do Jornal Nacional relatar a intervenção federal no Banco Cruzeiro do Sul sem citar que a instituição, ora acusada de fraude, pertence à família do ex-candidato a vice-presidente na chapa de José Serra em 2010, Índio da Costa.
Vi a expressão de Bonner quando mentiu – ou omitiu, o que dá no mesmo. Este é apenas um exemplo da técnica que uso para “conhecer” aqueles que precisam de vigilância. Com base nas expressões faciais em situações de mentira, omissão ou sinceridade, você aprende sobre a pessoa.
Nos últimos dias, as expressões desse e de outros âncoras de telejornais que diuturnamente tratam de tentar manipular o público, demonstram desalento. O que os desalenta é a CPI do Cachoeira, que já começa a chegar ao ponto em que a mídia e a oposição tanto temiam.
A mídia tentou impedir a abertura da CPI. Fez ameaças, previu que se voltaria contra o PT, esgrimiu com a tese absurda de que oposição não pode ser investigada por CPI porque esta é “instrumento da minoria”, o que, se fosse verdade, tornaria essa minoria inimputável.
Instalada a CPI, Globo, Folha, Veja, Estadão e assemelhados desandaram a decretar que terminaria “em pizza”, que haveria acordo entre tucanos e petistas porque os dois lados estariam igualmente envolvidos. E, supremo caradurismo, equiparou Agnelo Queiroz e Sergio Cabral a Marconi Perillo.
Colunistas do PIG como Reinaldo Azevedo, Eliane Cantanhêde, Merval Pereira e Ricardo Noblat chegaram a dizer que havia mais indícios contra Agnelo e Cabral do que contra Perillo, que, simultaneamente, diziam um inocente alvejado pelo “desejo de vingança” maligno de Lula.
O que se vê, agora, é muito diferente do que a media “previu”. Até o momento, a CPI não se voltou contra seus autores – que a mídia chegou a negar que eram os governistas, apesar da teoria da “vingança”. Pelo contrário, o que vai ficando claro é que o esquema Cachoeira era, essencialmente, demo-tucano.
Não foi preciso usar informações de fontes sobre a Operação Monte Carlo, apesar de existirem, para concluir que Carlos Cachoeira integrava a máquina denuncista da mídia contra Lula, PT e aliados. Para comprovar, basta analisar as informações que passava à revista Veja.
Durante os oito anos de Lula e o primeiro ano de Dilma, as denúncias de Cachoeira à Veja tiveram um só foco: o governo do PT e seus aliados. Ora, como é possível que estes integrassem o esquema do bicheiro se ele vivia fazendo denúncia contra governistas?
É tão simples, é tão lógico que chega a ser constrangedor ter que dizer isso. É um truísmo, uma platitude, de tão óbvio.
O que a lógica mostra, também, é que a mídia sabe muito menos sobre a Operação Monte Carlo do que insinua. Talvez menos do que blogueiros que vinham dizendo o que aconteceria, ou seja, que o desenrolar dos trabalhos faria com que recaíssem sobre a oposição.
Mas, também, sobre a mídia. Assim como havia informações de que as provas contra Perillo se amontoariam quando a CPI começasse a avançar, também se sabia o que em mais algum tempo ficará mais claro do que já está: Veja e Globo compactuaram com os crimes de Cachoeira em troca de informações que ele levantava contra o governismo.
E a cumplicidade cachoeiro-demo-tucano-midiática não para por aí. Em troca de informações contra o governo federal, contra o PT e seus aliados, alguns dos meios de comunicação acima citados publicavam matérias contra desafetos do esquema de Cachoeira.
Você leu neste e em outros blogs que Perillo iria entrar na roda, e entrou. Agora anote aí, leitor: os próximos serão Gilmar Mendes, Veja e Globo. E contra Agnelo e Cabral não verá nada de relevante simplesmente porque estão do outro lado.
Não se diz, aqui, que o governador de Brasília ou o do Rio de Janeiro são santos. Podem – eu disse, apenas, que podem – ser até dois gangsters, mas no esquema Cachoeira não surgirá nada contra eles. Simplesmente porque o bicheiro trabalhava para a oposição midiática.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Matéria da Folha sobre Privataria absolve Agnelo e ministros


Com toda certeza, os grandes meios de comunicação que ainda não noticiaram ou meramente comentaram a Privataria Tucana devem estar julgando que teria sido melhor a Folha de São Paulo não ter publicado nada sobre o caso a ter publicado o que publicou em sua edição de quinta-feira 15 de dezembro de 2011.
Apesar do constrangimento que causa a “distração” desses órgãos de imprensa que se recusam a divulgar um caso que teriam publicado desde o primeiro instante se fosse sobre outro partido que não o PSDB, já que até as imprensas paraguaia e americana já publicaram matéria sobre o tema enquanto que a maioria da imprensa pátria finge que não sabe e que não viu, essa emenda saiu bem pior do que o soneto.
O que a Folha publicou não foi exatamente uma matéria jornalística, pois seu caráter, indubitavelmente, é de defesa do principal acusado pelo livro do jornalista Amaury Ribeiro, José Serra, ainda que, ironicamente, o livro não contenha acusações diretas a ele e sim, tão-somente, a seus parentes, os quais, do dia para a noite, apareceram como donos de empresas com capital social de milhões de reais.
Antes de prosseguir, a reprodução da matéria do jornal paulista:
Texto e infográfico da matéria da Folha, como se vê, dedicam-se à defesa do acusado pelo livro-bomba, além da defesa que ele mesmo faz de si. Ao se defender, porém, Serra veste a carapuça das denúncias apesar de só envolverem os seus parentes. E faz isso porque se tais denúncias se comprovarem não haverá quem o leve a sério caso diga que “não sabia”.
Mas tratemos do que diz a Folha, já que o conteúdo “requentado” e “sem novidades” ao qual a matéria do jornal alude já está gerando desdobramentos no poder Legislativo e no Judiciário, além de matérias arrasadoras na blogosfera.
O infográfico da matéria é ainda mais parcial do que o texto – ou, pelo menos, mais explícito na parcialidade – porque providenciou uma desculpa para cada acusação a Serra que a mesma matéria diz não existir, como se fosse possível parentes próximos de um político dessa envergadura aparecerem com milhões de reais nas próprias contas, do dia para a noite, sem que ele soubesse.
O leitor poderá se surpreender com a proposta que este blog quer lhe fazer no sentido de que, só de brincadeirinha, dê algum crédito à matéria do jornal da família Frias, aceitando a sua tese sob razão que não é totalmente desprovida de sentido.
Apesar do tom exageradamente favorável ao acusado – devido ao contexto das acusações contidas no livro sobre a Privataria Tucana –, a matéria da Folha lhe concede benefício da dúvida que o jornal, ao lado de veículos como O Globo, Veja ou  Estadão – só para ficarmos na imprensa escrita –, não dão a quem sofre acusações análogas à de Serra e não é tucano.
Matéria do Estadão publicada na última quarta-feira, por exemplo, “denuncia” ligação do governador de Brasília, Agnelo Queiroz, com “laranjas”. E quem seriam tais “laranjas”? Eis a cereja do bolo: são tão parentes do governador petista quanto os acusados pelo livro sobre a Privataria são parentes do ex-governador tucano.
Veja, abaixo, a matéria do outro grande jornal paulista. Este comentário é retomado em seguida.
Reflitamos. Se se admitir esse nível de exigência da Folha para levar em conta uma acusação contra políticos, os ministros do governo Dilma que caíram sob esse tipo de acusação feita de ilações e suposições que o jornal não admite contra Serra, também deveriam ser beneficiados.
Se não se aceita suposição de que Serra sabia que a filha, do dia para a noite, ficou milionária e de que ele, que então estava na linha de frente do processo de privatização do patrimônio público brasileiro, deu uma mãozinha a ela com os poderes que sua posição lhe concedia, por que se deve aceitar suposições de que Antonio Palocci, por exemplo, enriqueceu por algum motivo escuso que ninguém, até hoje, disse qual foi?
Devido ao “princípio civilizatório” de presunção da inocência e do cuidado que se deve ter com a honra alheia, até se pode dar ao ex-governador tucano o benefício da dúvida sobre se ele “sabia” ou “não sabia”. O que não dá para aceitar é que qualquer suposição contra um lado seja considerada prova e contra o outro seja considerada como o que é, suposição.
Mas isso é a imprensa. O problema, o grande problema, o descomunal problema, enfim, o problema inaceitável é se a Justiça agir como a imprensa. Aí será preciso parar este país até que se chegue a um acordo sobre que tipo de democracia é essa em que estamos vivendo, na qual alguns, em tal situação, serão “mais iguais” do que outros perante a lei.
*
Ombudsman da Folha critica matéria sobre Privataria
Eu e outros blogueiros recebemos por e-mail vazamento de crítica interna que a ombudsman da Folha, Suzana Singer, escreveu hoje sobre a matéria que este post comenta. Veja, abaixo
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ANTES TARDE DO QUE NUNCA
por Suzana Singer
Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro “A Privataria Tucana” (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.
Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm offshores? Não deveríamos investigar e questioná-los? É já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.
Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo dos seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente “Veja” e “Folha”.
Teria sido bom editar um “acervo Folha conta a história da privatização” para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet -e da Record- de disseminar a tese do “PIG”. E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.
O Painel do Leitor só deu hoje uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:
1) ter um viés de defesa dos tucanos;
2) não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;
3) exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);
4) não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);
5) não ter citado que o livro está sendo bem vendido

blog da cidadania

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Merece uma capa da Veja não acham?




Por trás das denúncias contra Agnelo Queiroz


R$ 400 mil e mais uma mesada durante 1 ano para acusar o governador Agnelo Queiroz (PT-DF) de ter recebido propina do laboratório. A oferta de grana a Daniel, segundo ele contou, foi feita pelos deputadasCelina Leão (PSD) e Eliana Pedroza (DEMo).
Estão se revelando o modus operandi da oposição! Comprar pessoas para denunciarem pessoas do Governo.